domingo, 13 de junho de 2010

Notícia do Jornal DN de Portugal

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1588694

Arlindo Carvalho

MP investiga circulação de 64 milhões entre BPN e empresas

por C.R.L.09 Junho 2010
Ex-ministro é suspeito de ter auxiliado Oliveira Costa a parquear património e a conseguir valorizações fictícias.
Arlindo de Carvalho e José Neto estão ainda sob investigação num processo ligado ao BPN. Ambos foram, em Julho de 2009, constituídos arguidos pelos crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Em causa está um circuito de circulação de património entre empresas ligadas ao BPN e ao grupo Pousa Flores dos dois arguidos que, segundo o Ministério Público, lesaram os interesses do banco.
Segundo os interrogatórios judiciais de Arlindo de Carvalho e José Neto - que constam do processo da compra de património de uma empresa do extinto IPE (ver texto em cima) - o BPN, durante a gestão de José Oliveira Costa, terá participado "em várias sequências de negócios que conduziram à atribuição de ganhos, sem lógica comercial, a Arlindo de Carvalho e José Neto".
Durante o interrogatórios, ambos os arguidos foram confrontados pelo juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), com vários desses negócios, que totalizaram 64 milhões de euros em operações financeiras.
Em resumo, segundo as suspeitas comunicadas a Arlindo de Carvalho e José Neto, "o BPN aceitou financiar, directa ou indirectamente, determinadas aquisições" feitas por empresas de ambos "para depois vir o próprio grupo a recomprar o mesmo activo por um valor ao da transacção anterior que aceitou financiar".
Este tipo de operação, ainda de acordo com o juiz Carlos Alexandre, fez com que o banco fosse "levado a remunerar a intervenção de terceiros - como a Pousa Flores - apenas para conseguir parquear temporariamente activos, gerando uma valorização fictícia dos mesmos". Arlindo de Carvalho e José Neto refutaram as suspeitas, afirmando que tudo se tratou de negócios normais. Mas ambos foram confrontados com, pelo menos, seis casos em que empresas detidas pelos dois compraram património com financiamento do BPN, sendo que o banco se comprometeu a recomprar tais activos. O juiz referiu ainda que só pela simples passagem dos montantes nas contas foram gerados 800 mil euros em juros.

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